Hörstück über das Leben am Amazonas

Kayapó

50:40 Minuten
Indigene Völker versammeln sich bei den Protesten des "Acampamento Terra Livre" in Brasilia, 2018 / Indígenas reunidos nos protestos do "Acampamento Terra Livre" em Brasília, 2018.
Indigene Völker versammeln sich bei den Protesten des "Acampamento Terra Livre" in Brasilia, 2018 / Indígenas reunidos nos protestos do "Acampamento Terra Livre" em Brasília, 2018. © Robin Minard
Von Robin Minard |
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Eine Reise ins brasilianische Amazonasgebiet: Robin Minard dokumentiert Naturklänge, Gesänge, Geschichten und das gegenwärtige Leben der Ureinwohner.
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Kayapó - Der weinende Häuptling Raoni ist dem Kayapó- und Guarani-Volk des Amazonas-Regenwaldes und dem bekannten Kayapó-Anführer Raoni gewidmet ist.
Im Frühjahr 2018 reiste der Komponist Robin Minard nach Brasilien, wo er an den einwöchigen "Acampamento Terra Livre" (ATL) Protesten der Indigenen in Brasilia teilnahm und den Amazonas-Regenwald bei Manaus besuchte.
Während der Proteste in Brasilia interviewte Minard indigene Menschen, nahm ihre Lieder und Geschichten auf und dokumentierte ihre Proteste gegen die Politik der brasilianischen Regierung. Diese Politik verursacht die Zerstörung von traditionellem indigenem Land und die Auslöschung der indigenen Bevölkerung. Seit der Fertigstellung der Radiokomposition im Jahr 2019 hat die Covid-Krise das Leiden der indigenen Bevölkerung in Brasilien nur noch vertieft.
Nach den ATL-Protesten 2018 reiste Minard in den Regenwald in der Nähe von Manaus, um die Schönheit des Waldes aus erster Hand zu erleben. Mit der Hilfe eines lokalen Führers sammelte er eine Woche lang akustische Dokumentationen. Seine Feldaufnahmen malen lebendige Bilder des Waldes: der Klang des Sonnenaufgangs aus den Tiefen des Regenwaldes, Schwärme von Kanarienvögeln, die sich bei Sonnenuntergang versammeln, Klammeraffen, Brüllaffen, Vogelstimmen, entfernte Stürme, sanfter Regen.
In der Arbeit werden Feldaufnahmen mit den Stimmen und Geschichten indigener Völker sowie mit Listen von Morden verwoben, die aus Gründen von Vorurteilen, Gier und Politik an indigenen Völkern begangen wurden. Das Werk zeichnet ein tragisches Bild der indigenen Bevölkerung Brasiliens und ihres Überlebenskampfes.
Die Radiokomposition wurde von Deutschlandfunk Kultur Berlin und WDR3 Köln in Auftrag gegeben und im Mai 2019 erstmals in Deutschland ausgestrahlt. Das Werk war Finalist in der Kategorie "Field Recording" im Rahmen der Phonurgia Nova Awards (Paris 2019) und wurde seitdem mehrfach in Europa ausgestrahlt. Im Jahr 2021 arbeitete die brasilianische Klang- und Radiokünstlerin Janete El Haouli mit Robin Minard zusammen, um die portugiesische Version des Werks zu erstellen, unter Mitwirkung des Komponisten José Augusto Mannis.
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Kayapó - O Choro do Chefe Raoní é uma composição radiofônica dedicada aos povos Guarani e Kayapó da Floresta Amazônica e ao conhecido líder Kayapó Raoni.
Na primavera de 2018, o compositor canadense / alemão Robin Minard esteve no Brasil, participou dos protestos indígenas do "Acampamento Terra Livre" (ATL) em Brasília e depois visitou a Floresta Amazônica, perto de Manaus.
Durante os protestos em Brasília, Minard entrevistou povos indígenas, gravou cantos e histórias e documentou seus protestos contra as políticas do governo brasileiro. Essas políticas estão causando a destruição de terras indígenas tradicionais e a erradicação de populações indígenas. Desde a conclusão da composição radiofônica em 2019, sabemos que a crise da Covid só serviu para aprofundar o sofrimento das populações indígenas no Brasil.
Após os protestos do "Acampamento Terra Livre" em 2018, Minard viajou para a Floresta Amazônica, perto de Manaus, sobretudo para conhecer e experenciar a beleza da floresta. Com a ajuda de um guia local, ele viajou pela floresta constituindo uma documentação acústica durante uma semana inteira. Suas gravações de campo sugerem imagens vividas na floresta: o som do nascer do sol vindo das profundezas da floresta amazônica, enxames de canários se reunindo ao pôr do sol, macacos-aranha, macacos bugios, cantos de pássaros, tempestades distantes, chuva suave.
A obra foi composta com gravações de campo, articuladas com vozes e histórias dos povos indígenas, bem como listas com nomes de vítimas de assassinatos cometidos contra povos indígenas por motivos de preconceito, ganância e questões políticas. A obra retrata a situação trágica das populações indígenas do Brasil e sua luta pela sobrevivência.
A composição radiofônica foi encomendada pelas emissoras alemãs Deutschlandfunk Kultur de Berlim e WDR3 de Colônia, e foi transmitida pela primeira vez na Alemanha em maio de 2019. O trabalho foi finalista do Prêmio Phonurgia Nova (Paris 2019) na categoria "Field Recording" e teve, desde então, inúmeras transmissões na Europa. Em 2021, a artista sonora/radiofônica Janete El Haouli trabalhou com Robin Minard para criar a versão em português da obra, com a colaboração do compositor José Augusto Mannis.

A obra foi composta com gravações de campo, articuladas com vozes e histórias dos povos indígenas, bem como listas com nomes de vítimas de assassinatos cometidos contra povos indígenas por motivos de preconceito, ganância e questões políticas. A obra retrata a situação trágica das populações indígenas do Brasil e sua luta pela sobrevivência.
A composição radiofônica foi encomendada pelas emissoras alemãs Deutschlandfunk Kultur de Berlim e WDR3 de Colônia, e foi transmitida pela primeira vez na Alemanha em maio de 2019. O trabalho foi finalista do Prêmio Phonurgia Nova (Paris 2019) na categoria "Field Recording" e teve, desde então, inúmeras transmissões na Europa. Em 2021, a artista sonora/radiofônica Janete El Haouli trabalhou com Robin Minard para criar a versão em português da obra, com a colaboração do compositor José Augusto Mannis.
Janete El Haouli und José Augusto Mannis (Brasilien), verantwortlich für die portugiesische Version des Werks / Janete El Haouli e José Augusto Mannis (Brasil), responsáveis pela versão da obra em português. 
Janete El Haouli und José Augusto Mannis (Brasilien), verantwortlich für die portugiesische Version des Werks / Janete El Haouli e José Augusto Mannis (Brasil), responsáveis pela versão da obra em português. © Ângela Magalhães
Indigene Frau des Kayapó Frau, im Gesicht mit schwarzen Streifen, um die Augenpartien rot bemalt.
Indigene Frau des Kayapó Frau© Robin Minard

Indigener Mann des Kayopó Stammes. Ein im Gesicht bemalter Mann mit gelben Federschmuck am Hinterkopf
Indigener Mann des Kayopó Stammes© Robin Minard

Indigenes Kind des Kayapó Stammes. Das Kind ist zwischen 2 und 4 Jahren alt und hat am Kinn einen gelben Streifen
Indigenes Kind des Kayapó Stammes© Robin Minard

Kayapó
Der weinende Häuptling Raoni
Klangkunst von Robin Minard
Produktion: Deutschlandfunk Kultur/WDR 2019
Länge: 49’00
Eine Wiederholung vom 10.05.2019


Robin Minard, 1953 in Montréal geboren, ist Klangkünstler. Radiostücke: ‚Australian Indigenous Radio Art Project – AIRAP’ (DKultur 2008), ‚The Qikiqtaaluk Deep Map’ (WDR/DKultur/Freunde Guter Musik/Elektronisches Studio der TU Berlin 2014). Seit 1997 ist er Professor für elektroakustische Komposition und Klanggestaltung an der HfM Franz Liszt und der Bauhaus-Universität Weimar, wo er auch die Studios für elektroakustische Musik (SeaM) leitet.
Robin Minard im Amazonas-Regenwald, 2018 / Robin Minard na Floresta Amazônica, 2018.
Robin Minard im Amazonas-Regenwald, 2018 / Robin Minard na Floresta Amazônica, 2018.© Gabriel Gomes
Robin Minard, nascido em 1953 em Montréal, é um artista sonoro. Os trabalhos para rádio incluem: 'Listening to Australia' (DKultur 2008), 'The Qikiqtaaluk Deep Map' (WDR/DKultur/Freunde Guter Musik/Elektronisches Studio der TU Berlin 2014). De 1997-2021 ele foi professor de composição eletroacústica e arte sonora no HfM Franz Liszt e na Universidade Bauhaus de Weimar, onde também foi diretor do Estúdio de Música Eletroacústica (SeaM). Suas instalações sonoras e trabalhos eletroacústicos foram apresentados em todo o mundo.